Então, hesitante se ergueu o rapaz, pousando os pés morenos no piso frio do hospital. "Talvez isso nem seja mesmo um hospital", imaginava, sentindo um frio quase sobrenatural rodear seu corpo liso, magro e jovem. Todas as suspeitas foram rápidamente compreendidas quando percebeu que se encontrava sem roupas. Pior: não havia peça alguma; escapuliu um xingamento em voz alta.
Entretanto, havia medo implantado em seu ser. Tinha medo de sair, medo de ver o diferente, medo dos médicos, especialmente. Poderia ter perdido a memória; poderia ter uma doença mental; poderia estar ali por qualquer coisa, e boa não era.
E então, àquele cujo não sabia o próprio nome, não gritou, não falou, não piscou. Apenas saiu daquele lugar horrível. Não lembrava como, mas fugiu. Mas, agora que pensava, não era tão ruim assim.
Agora, vendo o que ele é, o que ele fez, o que ele se tornou... Francamente, estava convencido. Devia ter permanecido.
Enfrentava dificuldades demais agora. Antes, simples era.
Viveu com esse sentimento a vida toda. No entanto, isso passou.
Era livre agora. Nada poderia tirar isso dele. Infelizmente, compreendeu tarde demais.
Ah, que pena.
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