- Alguma vez já brinquei, Gray? - apontava Gerold, um cara sério e nada, nada divertido. Não culpava-o: se não fosse assim, nunca seria seu melhor amigo.
- Talvez seja por isso que nunca foi inibido.
- Talvez seja por isto que não leva nada á sério. - Levantou-se de um jeito nada calmo. - Cresça primeiro. Fale comigo em segundo - e foi
Espera. Teve de pensar: Gerold acabou de sair da sala e falar para crescer!? Aquilo era, no mínimo, estranho de sua parte. Talvez significasse que o que ele diria é importante. Não fazia ideia, ademais.
- Eu também te amo - gritou. Um sorriso branco delineou-se de seus lábios cheios, com dentes tortos para quer que onde passava a língua. Nunca se importou com isso; achava até mesmo um belo toque exótico em sua aparência infantil: olhos grandes e escuros como duas pedras d'ônix, sempre residindo diversão, embutido num rosto pálido cor-de-neve.
Os passos fortes de Gerold saíram dos ouvidos de Gray, afinal. Ainda bem. Pulou na cama velha e cheia de ácaros, num suspiro prolongado de alívio.
- LIBERDADEEEEEEEEEEEEEEE- gritou em alto e ótimo som. Todavia, o som transbordava felicidades.
De repente, notou rápido demais as passadas no teto. Prendeu a respiração; acelerava o coração; um despejo de emoção.
Tinha que sair dali. Rápido.
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