- Zack Couldroom - seu amigo proclamou; um homem calvo de aspecto gentil e astuto -, parabéns. Ganhou a aposta de hoje.
Era quase estranho imaginar que o melhor momento de toda sua vida foi ganhar uma aposta de um milhão de dólares em dinheiro; apesar de Zack não ter um dólar no bolso. Mas, do mesmo modo, deliciou-se. Ah, e como...
Não falou. Sua reação era cem por cento transparente, mas não falou. Sua felicidade quebrou como o barulho estridente de vidro estilhaçando-se quando notou um detalhe. Não era dinheiro vivo. Era cheque.
- Ou ou ou, calma aí. Prometeram dinheiro vivo, Bill, esqueceu? - disse Zack, rindo nervosamente. O lugar parecia ter esquentado um pouco.
Bill arqueou as sobrancelhas:
- Mentimos, Zack - disse seu amigo de infância normalmente, sorrindo sob o chacolhar da ensurdecedor da multidão. Parecia, pelo menos. - Não é nada pessoal, Zack. Mas... Todo esse dinheiro? Pra você? - apontava. - Não não não. Você... Não. Todo mundo sabe; você não tem conta no banco, no inferno, em nada. E sei também que gastaria tudo com... irresponsabilidade, correto? - virou a cabeça, sussurrando palavras para outra pessoa; um homem negro, alto e de porte admirável. Voltou-se para seu ex-amigo. - Entenda como uma cortesia, sim? - Bill se retirou, lenta e casualmente, guardando o cheque em seu bolso.
Ele gostava de trair. Mas ele gostaria de ser traído?
- Cinco minutos - murmurou para si mesmo. - Em cinco minutos, vai precisar de uma boa proteção. Ah, se vai - e assim, cerrou os punhos peludos.
Iria arranjar uma boa briga.
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