T.V.

  Palavras surgitavam flutuando, voando e entrando nos ouvidos alheios de telespectadores aparentemente ordenados. A imagem reproduzida causava uma fascinação; como um bailarino dançando balé na esquina. Era a famosa televisão.

  Engraçado era àquilo tudo. Mark via TV com a mesma facilidade que respirava. E, ironicamente, este fora seu maior erro. Sim:

"Sou um palavreado de emoções, pecados e angústias sem tradução.

 Sou um chaveiro; portas não me param, mesmo a chave mais difícil à criar.

 Sou uma prosa que não consegue se encaixar".

  Viveria assim. No fim, gostava do velho Mark.

  Afinal de contas; feliz tornou-se.

  Havia algo melhor?

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