Uma Faceta entre Multidões
Èra estranho afirmar. Sua boca seca de nada; transeuntes numa dança passadelicamente monocórdia e tediosa; a vida passando diante de seus olhos como um trem em câmera lenta. Não importava quão longo o era, a certeza de seu término inalava o doce cheiro do inevitável. Ah, e como odiava o inevitável. Repudiava-o com toda a educação inserida ao longo da vida.
Como odiava.
Dahvinci
Chegou um dia no qual todos esperavam. Era o aniversário de Dahvinci, um dos mestres magistrais vigentes lá em Pastolago. E, como não era de se esperar, muitos vieram a cerimônia ('festa' não tinha muita apropriação para o caso) e trajaram suas melhores roupas. Não demorou muito para o salão quatro-paredes exageradamente grande e lustroso encher-se como a barriga de um gordo faminto.
Mas. Algo aconteceu. Um estrondar súbito de porta rangendo o chão. Tudo se calou. O burburinho dos convidados, todos solenes e falantes (como qualquer festança da nobreza) fora rapidamente substituído pela tensão, quase palpável, irremediada de um ar silencial perturbador. Talvez você não compreenda o porquê. Bem, não estou com vontade de dizer.
O sujeito que irrompeu a música e os fragores tinha uma altura considerável, embora nada ameaçadora, beirando os 1, 72. Dirigiu-se ao público de maneira bastante displicente considerando o patamar da comemoração. E, ajustando a gravata, falou:
- Eu sou Dahvinci, e ergui dos mortos...
E o barulho recomeçou. Apesar de lá estar, vivo em pessoa, não deram a devida atenção.
E assim termina a história incrivelmente tediosa de... vocês sabem.
Mas. Algo aconteceu. Um estrondar súbito de porta rangendo o chão. Tudo se calou. O burburinho dos convidados, todos solenes e falantes (como qualquer festança da nobreza) fora rapidamente substituído pela tensão, quase palpável, irremediada de um ar silencial perturbador. Talvez você não compreenda o porquê. Bem, não estou com vontade de dizer.
O sujeito que irrompeu a música e os fragores tinha uma altura considerável, embora nada ameaçadora, beirando os 1, 72. Dirigiu-se ao público de maneira bastante displicente considerando o patamar da comemoração. E, ajustando a gravata, falou:
- Eu sou Dahvinci, e ergui dos mortos...
E o barulho recomeçou. Apesar de lá estar, vivo em pessoa, não deram a devida atenção.
E assim termina a história incrivelmente tediosa de... vocês sabem.
O Desconhecido
Um garoto bocejava. Ao lado dele, postava-se outro completamente diferente.
Eis a questão:
Mmmmmmmm....
Brincadeiras
Ninguém gosta de brincar.
No fim das contas, criamos nossa verdade.
Ah, o mundo é ideal para brincadeiras.
No fim das contas, criamos nossa verdade.
Ah, o mundo é ideal para brincadeiras.
Confusão Nominal
"Riem de mim à verdade do dizer. Troçam de mim ao querê-las esclarecer. Heh. Depois me chamam de louco.
Olham para mim, como um anormal. Crianças, afinal. Que dirá seus pais ao vê-las, ignorantes como o são? Nada. Nada. Nada. Não suporto-os desde então.
Rude. Arrogante. Perturbado. Não me incomoda ser eu estranhado.
A máscara cai-se em mil frangalhos. Não sei o que dizer. Quero meu refúgio. Me esconder.
Doente. Débil. Diferente. Ninguém entende meu alvorecer. Quero gritar. Delirar. Gargalhar. Qual o problema? Deixe-me transparecer.
Mas algo limita-me. Uma parede. Muro de castelo; sem princesas para salvar; sem dragões para montar; sem nada para voar. Tudo é errado. Pernas pro ar.
Em beleza não há preço. Interessante questionar. Pergunte-me o quê é belo, e te direi: "Observar."
Ah!, como é doce essa ilusão.
Viver é se iludir. Acredita?
Tenho certeza que não."
Olham para mim, como um anormal. Crianças, afinal. Que dirá seus pais ao vê-las, ignorantes como o são? Nada. Nada. Nada. Não suporto-os desde então.
Rude. Arrogante. Perturbado. Não me incomoda ser eu estranhado.
A máscara cai-se em mil frangalhos. Não sei o que dizer. Quero meu refúgio. Me esconder.
Doente. Débil. Diferente. Ninguém entende meu alvorecer. Quero gritar. Delirar. Gargalhar. Qual o problema? Deixe-me transparecer.
Mas algo limita-me. Uma parede. Muro de castelo; sem princesas para salvar; sem dragões para montar; sem nada para voar. Tudo é errado. Pernas pro ar.
Em beleza não há preço. Interessante questionar. Pergunte-me o quê é belo, e te direi: "Observar."
Ah!, como é doce essa ilusão.
Viver é se iludir. Acredita?
Tenho certeza que não."
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