Olham para mim, como um anormal. Crianças, afinal. Que dirá seus pais ao vê-las, ignorantes como o são? Nada. Nada. Nada. Não suporto-os desde então.
Rude. Arrogante. Perturbado. Não me incomoda ser eu estranhado.
A máscara cai-se em mil frangalhos. Não sei o que dizer. Quero meu refúgio. Me esconder.
Doente. Débil. Diferente. Ninguém entende meu alvorecer. Quero gritar. Delirar. Gargalhar. Qual o problema? Deixe-me transparecer.
Mas algo limita-me. Uma parede. Muro de castelo; sem princesas para salvar; sem dragões para montar; sem nada para voar. Tudo é errado. Pernas pro ar.
Em beleza não há preço. Interessante questionar. Pergunte-me o quê é belo, e te direi: "Observar."
Ah!, como é doce essa ilusão.
Viver é se iludir. Acredita?
Tenho certeza que não."
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